expressão pessoal

ex pressão pessoal

ex

estúpidos jogos com palavras


pressão pessoal

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às vezes me emociono pensando na vida e pensando que o melhor mesmo é acreditar naquilo que a gente sente
sempre existe a chance do engano
mas experimentar sentir e expressar afeto pode ser surpreendente
a vida tem se parecido com mágica
e hoje mais do que nunca eu quero me lembrar das coisas
do início das coisas
de como é que eu vim parar aqui
nesse pedaço de fantástico que eu descobri que existe





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desconstruir a linguagem até que não se entenda nada acaba com a função da comunicação, ou a comunicação não carece de função?

relendo umas coisas antigas, não tenho nem idéia de quando são, me pergunto que tipo de cegueira nos faz ficar em uma situação que não nos traz nada que possa valer a pena.
não sei se faço bem ou se faço mal quando jogo fora essas coisas que escrevi, mas a irritação que sinto ao constatar que engoli mais sapos que o necessário, por mais tempo do que o necessário me sufoca.
aliás, o que tem de necessário nas relações?
acho que o que tem mesmo é a tal cegueira.

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queria entender o que tem em você que me deixa tão feliz
parece que o teu sorriso e o meu combinam
mas isso é tão abstrato

um dia comecei a te ver de outro modo
e agora não sei como é que era antes

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maio
o blog faz um ano
e ainda não descobri sobre o que escrevo
mas isso não me incomoda
acho que escrevo sobre o que importa pra mim
e a cada dia descubro se me importa mais a ficção ou o documental

muita coisa acontecendo
ano intenso esse
muita felicidade e curiosidade
e altos e baixos e altos e baixos

expectativa

miudinha miudinha
quase me perco de mim



"
..viver ultrapassa qualquer entendimento..

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Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.

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Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.

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Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.

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"




CL

QUARTA-FEIRA, 22 DE ABRIL DE 2009

insônia com o i bem grande parte II
e hoje não tem adélia prado que me salve
a melhor hora de dormir será aquela mesma em que terei que levantar
já sei
a chata previsibilidade da incapacidade de dormir mesmo com sono

essa última frase ficou quase gilberto gil
que medo

vazia de palavras
cheia de sensações
assim tenho me sentido

hoje tive um sonho estranho
era uma despedida
ao meu redor quem mais me importa agora
um abraço e eu não me senti pronta pra dizer adeus
sentei no chão e chorei chorei chorei
enquanto via alguém querido se afastando
uma menininha se aproximou de mim
mas não sei se ela me olhava

um abraço triste
todos os te amo que não dissemos antes
um sonho dolorido

acordei e tentei lembrar de tudo
pensando que talvez um sonho tenha as respostas que preciso
acho que não as encontrei
acendi a luz e tive medo
porque quando a minha vó morreu eu sonhei com ela assim
ela veio tão serena
falou um pouco comigo
e depois partiu
quando acordei acho que já sabia que aquilo era um adeus

e agora choro porque a gente não escolhe a hora
às vezes nem se despede
e porque às vezes faz as escolhas erradas
isso a gente nunca vai saber

não me lembro quem um dia me disse que o caderno cotidiano da folha de são paulo não deveria chamar cotidiano porque só tem notícias que não deveriam ser assim corriqueiras como o dia a dia
realmente é bizarro
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TRAGÉDIA EM BAURU
Bombeiros tentam resgatar vítima e morrem soterrados

POLÊMICA
Ladrão deve ficar em casa por falta de prisão adequada

INVESTIGAÇÃO
Corpo é achado em areia usada em obra do metrô de SP

DISCRIMINAÇÃO
Diarista diz que apanhou por usar elevador social em PE

CRIME
Polícia prende suspeito de matar a mãe na Grande SP

do desassossego que vem bem a calhar

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de
sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem
importância. Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das
sensações. Compreendo bem as bordadoras por mágoa e as
que fazem meia porque há vida. Minha tia velha fazia paciências
durante o infinito do serão. Estas confissões de sentir
são paciências minhas. Não as interpreto, como quem
usasse cartas para saber o destino. Não as ausculto, porque
nas paciências as cartas não têm propriamente valia. Desenrolo-
me como uma meada multicolor, ou faço comigo figuras
de cordel, como as que se tecem nas mãos espetadas e se
passam de umas crianças para as outras. Cuido só de que o
polegar não falhe o laço que lhe compete. Depois viro a mão
e a imagem fica diferente. E recomeço.



Fernando Pessoa

a um, a dois

Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.



Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.









manoel de barros

segundo a sá o mundo não é pequeno
é comprido e estreito

pra ia o mundo também não é pequeno
a renda que é mal distribuída


eu mesma não sei bem o que acho

no momento compro as duas idéias

a vida a fez assim

com as unhas da cor de uma maçã do amor
ela digita
digita
digita
aí se lembra de uma canção
para e cantarola um pouco
fica feliz e ri à toa
porque a vida lhe tem sido generosa
nem sabe ao certo quando ou como isso começou

de vez em quando compra flores e coloca perto da janela
o sambista diz que é pra agradecer amores
pode ser isso
pode ser só a loucura dela
no fim tanto faz
ela é louca
e agradece
desconfia que se fosse menos louca
não encontraria gente encantada
com olhos que piscam de tanto brilho

quando te abraço o mundo fica melhor
daqui pra lá vejo tudo mais bonito
isso quem diz sou eu
foi você que falou
mas eu roubei
porque isso define tanto quem você é na minha vida

desde o primeiro dia em que surgiu
não o primeiro primeiro
mas o primeiro que conta
você ali
tão bonitinho e inteligente
atencioso comigo
uma música
outra
e você ali

hoje quando te abraço sinto o que devo ter sentido naquela festa
a vontade de nunca mais te largar
eu tentando manter distância
a gente dançando e você diz pra eu ir pra perto de você
não dava mesmo pra disfarçar
nem de longe

- vamos sair daqui?
- vamos.

em qualquer rua de qualquer cidade
em qualquer praça de qualquer país
levo meu canto puro e verdadeiro
quero que o mundo inteiro se sinta feliz*



*Carvalho / Zapatta

..suspirada..

necessidade de falar falar falar
até que se esgotem palavras
necessidade de gente
presença
e tem horas que parece que só resta hostilidade
o mundo areia movediça
só que aqui não adianta esperar pelo herói
nem o anti-herói
nem nada

-·-··-··

...
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...
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...
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cansada
mas sentindo um certo alívio
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...

não quero viver com a sensação de que é cobra comendo cobra
melhor dizendo
não quero trabalhar com essa sensação
felizmente apesar de trabalhar muitas horas por dia ainda tenho vida
a coisa é que não prestei concurso
não me filiei a partido
nem na faculdade eu era do dce
não curto politicagens
não quero ser beneficiada
quero apenas trabalhar bem
e ser cobrada de maneira justa
na mesma medida em que cada um trabalhe bem
estou perdendo exatamente o melhor de não ter estabilidade
(sim, porque não ter estabilidade não é uma coisa tão boa nem tão má)
estou perdendo a capacidade de fazer o melhor e cobrar por igual
pretensão, será?
sou nova nessa história
mas não quero continuar sendo tragada pelo esquemão
senão estudo pra fiscal não sei de quê
e vou trabalhar só oito horas por dia



e pra encerrar o assunto
o genial paulinho da viola
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Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.
Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.
Meu mundo é hoje não existe amanhã pra mim
Eu sou assim, assim morrerei um dia.
Não levarei arrependimentos nem o peso da hipocrisia.
Tenho pena daqueles que se agacham até o chão
Enganando a si mesmo por dinheiro ou posição
Nunca tomei parte desse enorme batalhão,
Pois sei que além de flores, nada mais vai no caixão.
Eu sou assim, quem quiser gostar de mim eu sou assim.
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editado as 21:54

hoje é dia do medo
nada demais hoje em dia
mas antigamente era o nosso código pra não ser engolida pelo portal que havia embaixo do sofá e embaixo de qualquer coisa que não fosse rente ao chão
acho que tudo começou quando alguém nos contou que uma casinha escura
quase abandonada
no caminho entre nossa casa e a escola
era na verdade a casa de um lobisomem
fazia frio
tarde de outono com um ventinho cortante
ficamos paralisadas na esquina até que uma mulher "com cara de boa gente" passasse

- podemos atravessar a rua com você?
- claro.

dali em diante sempre houve o risco de ser sugada pra algum lugar sinistro
acho que foi assim que a gente começou a encher de tranqueiras embaixo da cama
armadilhas pra monstros
se eles passassem por ali acabariam fazendo barulho
a mãe não acreditava
nem nos monstros
nem na nossa capacidade de fazer tanta bagunça em tão pouco tempo
ia lá e tirava tudo
era terrível quando a gente só descobria que as armadilhas não estavam mais no lugar na hora de dormir
vigília
e então era usar a imaginação e contar sobre as recém inventadas armadilhas invisíveis

ontem na fila do mercado uma menina de uns quinze anos disse aos amigos que queria ser um cachorro
até tentou
foi a mãe dela que não deixou
ela queria ser um dálmata
tinha um tipo de verdade na afirmação da menina que me fez pensar
"ufa"

e foi mesmo o freddy krueger que riscou o disco predileto da minha mãe

maninha, eu to com medo.

medo de que?

não sei.

então reza.

já rezei, mas não passa.

reza de novo, e tenta dormir.

não consigo. acende a luz?

não precisa, eu to aqui. quer que eu segure a sua mão?

quero.

agora dorme.

tá.

fico triste quando chateio alguém
mas é necessário saber que chateei
processo interno
agora vou ficar aqui avaliando quem tem razão
mas isso me ajuda a crescer
eu espero

hoje fiz uma operação delicadíssima
que enrolei anos e anos
costurei a perna da pati
aproveitei pra costurar a camiseta também
que tinha um furo no pescoço
enquanto costurava fui alinhavando umas coisas aqui dentro
umas partes desse franksteinzinho que eu sou
cada dia acho que sei menos do que vem pela frente
especialmente porque olhar para trás me mostra o caminho até aqui
e me surpreende

ah!
quero meu blog de volta!

ou sei lá
as palavras
é isso
quero parar de engolir palavras
arquivar textos
engavetar projetos


















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sertão

ser tao

eu que tava loira até um tempo atrás
me olho no espelho e estranho essa pessoa de cabelos curtos que agora me encara
e vejo cabelos brancos naquela cabeça
a ana diz que são só três ou quatro
mas me parecem tantos..

eu que me lembro já com distanciamento dessa figura pequena aí ao lado
quase uma formiga
colecionando novidades
e me identifico um pouquinho só
porque de fato perdemos muita inocência ao longo da vida

queria ser ingênua por mais tempo
porque quanto mais sei
mais dói
mais me sinto num processo irreversível de perceber o mundo

o bom é que sempre tem um respiro
um desenho
uma música
um filme
qualquer coisa pra suspender
e surpreender o olhar

meu olhar é cada dia mais novo

um post pra vicky

pras duas
aquela que fechava os olhos antes de pular no meu colo
- estratégia -
certeza que pensava que eu não ia perceber
e pra essa maluca que brinca aqui aqui na sala
mais feliz com uma sacolinha plástica enrolada
do que com seus brinquedos que imitam ratos
tão figura
levou um susto quando a bolinha virou uma sacola

presa esquisita essa

agora a música eletrônica acabou
e parece que a pilha dessa vicky também
tá ali catatônica olhando pro nada
e eu aqui catatônica olhando pra ela

engraçado pensar no delay
entre ver e escrever

mesa posta

tomando emprestado
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nuno ramos por ana teixeira

que o tempo é mais conceito que qualquer outra coisa eu já sabia
mas que algumas situações podem bagunçar tanto assim esse conceito é que eu não imaginava ser possível
parece que já faz um milhão de anos
ao menos um milhão de horas
mas faz um mês

e se eu continuo tanto aí
quanto você aqui
te pergunto
o que a gente faz agora

Je ne sais pas qui tu peux être
Je ne sais pas qui tu espères

Je cherche toujours à te connaître
Et ton silence trouble mon silence

Je ne sais pas d'où vient le mensonge
Est-ce de ta voix qui se tait

Les mondes où malgré moi je plonge
Sont comme un tunnel qui m'effraie

De ta distance à la mienne
On se perd bien trop souvent

Et chercher à te comprendre
C'est courir après le vent

Je ne sais pas pourquoi je reste
Dans une mer où je me noie

Je ne sais pas pourquoi je reste
Dans un air qui m'étouffera

Tu es le sang de ma blessure
Tu es le feu de ma brûlure
Tu es ma question sans réponse
Mon cri muet et mon silence




la question
françoise hardy




..ufa que sempre tem o blog antes do telefone..
.. parce qui la lune ..

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sem dúvida
tenho os melhores amigos do mundo
não importa exatamente o que façam
o que digam
mas são incríveis

hoje penso isso em especial sobre o osvaldo
o cara é jóia
mesmo quando eu falo um monte de coisas só pra provocar
e ver se ele vai dizer que é tosco

ele vem correndo pra pedir a saideira
daí eu penso que na vida sempre vai faltar a saideira
porque nunca vai faltar o que falar
de futuro
passado
ou seja lá o que for


bem feliz com essas coisas e pessoas que a gente agrega na vida
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pra sair da frente do computador por hoje e encontrar uns amigos
uma conclusão
que não deve durar por muito tempo
mas que vale pra hoje
odeio clarice

"
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
"

a gente aprende a ver pai e mãe como pais
uma entidade só
e um dia eles viram gente
pior
indivíduos
daí tudo fica mais complicado
não posso perguntar como está meu pai antes de perguntar como está minha mãe
se estiver falando com ela
se eu estiver falando com ele
é o contrário

e a vida vai ficando complicada até no que parecia simples
por exemplo
se eu gostava de você
e você de mim
e na vida era como se já não faltasse mais nada
por que foi que inventamos de querer mais
ou menos
daí que te conheço tanto
e ao mesmo tempo não sei quem é você

engraçado
quando a gente se encontra já não sabe onde dar o beijo


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que deprê
desde antes do natal que to pra postar isso aqui
mas também não queria fazer um texto panfletário feminista
ai ai
cada vez que vejo essa foto penso o quanto vai durar a imagem da mulher associada aos afazeres domésticos como forma de prazer
princípio cristão o de servir para ser feliz

mas não resisto
então que eu seja panfletária mesmo
fazer o quê
mas se um dia eu tiver filhos
quero ser bem consciente
nem sei o que pensar
porque certeza que os pais dessa menina autorizaram a foto dela nessa embalagem
e pra completar
a embalagem do carro traz um menino falando ao celular
quanto equívoco

ai que saudades das minhas pessoas de papel
da minha barbie apostando corrida numa caixa de sapatos
ou de quando a sala se transformava em uma nave espacial

permanecer sólido


o melhor personagem do filme morre
o único que parecia ser lúcido
afinal era só uma criança
talvez isso seja pra dizer o quanto somos inviáveis
acho que prefiro o bianchi
mais tapa na cara e menos poesia
adultos babás de adultos
crianças largadas
e no fim um bando de gente que não dá conta de nada
silêncios vazios
muita angústia e pouca atitude


ou seria permanecer sóbrio
esqueci o que eu ia falar
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apocalipse now
e viva o cara que animou a noite
dançando como a hélice de um ventilador quebrado

na porta da casa uma menina chega com seu namorado e encontra um amigo
ela apresenta os dois e voilá
qual o nome do cara
claro
o seu
já jurei que vou parar com essas coisas

tá bom
não jurei porque não sou de jurar nada
falar já basta

mas desde o cara crente na rua
e o chapeleiro maluco no sarajevo
o nome que mais ouço em situações das mais distintas é o seu
parece mensagem subliminar
você mandando pistas de que existe mesmo

mas pra quê